FRANKENSTEIN - MARY SHELLEY

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Frankenstein é um clássico da literatura de terror e também uma das histórias mais conhecidas dentro deste género. É um livro de Mary Shelley, que o começou a escrever aos 18 anos quando escrevia pequenas histórias e contos com os amigos mais chegados, publicado pela primeira vez no início do século XIX.

Frankenstein book
A história centra-se em Victor Frankenstein, um jovem estudante muito curioso de ciências que, quando parte para a universidade, começa a trabalhar num projeto intensivamente, um projeto que o obceca e do qual ele não se consegue separar até atingir o seu objetivo, consumindo-o. Este projeto é uma experiência que, se for um sucesso, pode revolucionar todo o mundo científico, revolucionar a sua vida: criar um ser vivo. Quando o consegue, Frankenstein apercebe-se logo que deu vida à criatura mais monstruosa que alguma vez existiu, assusta-se e deixa o monstro fugir.

Nos primeiros momentos não está muito preocupado, mas quando o monstro começa a aproximar-se da sua família, Frankenstein é consumido pela culpa de o ter criado, profundamente desesperado por no fundo ter sido o responsável por todas as situações causadas pelo monstro que criou, por ter posto o seu ego à frente de todos os seres humanos e ter libertado no mundo uma criatura capaz de torturar o ser humano. Mas ao mesmo tempo, durante muito tempo, não conta a ninguém, sente que não pode contar a ninguém porque não iriam acreditar nele, mas tem a noção e afirma saber quem o autor dos acontecimentos e que no fundo é ele o culpado. Todas as decisões que tomou a partir do momento em que decidiu criá-lo pesam na sua consciência e moldam a sua vida até ao seu último dia.

Ao ler esta história fiquei com a sensação de que nunca conseguimos realmente saber quem é o monstro, se Frankenstein ou a sua criação, ou até a humanidade. Esta obra levanta diversas questões sobre preconceito, sobre as circunstâncias terem uma forte influência na personalidade e ações de alguém, sobre até onde se pode realmente ir ao manipular a Natureza e sobre o significado de se ser humano, o que isso faz de nós. Um dos pensamentos que me surgiram durante a leitura é o facto de a humanidade querer saber tudo e querer ultrapassar o que os limites da Natureza impõem, mas quando surge algo maior, mais forte, com o poder de destruição, ninguém saber o que fazer, principalmente quem criou, no caso de Frankenstein, que não pensou para além daquilo que queria alcançar, não pensou que criaria um monstro que não lhe obedecesse, ou pior, um monstro com sentimentos que de certeza que não se adaptaria à sociedade.

Mary Shelley

Se esta é uma história impressionante para quem lê o livro atualmente, então como terá sido no século XIX, quando foi publicada pela primeira vez. A verdade é que Mary Shelley foi reconhecida como escritora no seu tempo, no entanto após a sua morte foi principalmente lembrada como a mulher de Percy Bysshe Shelley e autora de Frankenstein até ao século XX (1989) quando Emily Sunstein publicou a sua biografia e analisaram todas as suas outras obras.


LIVRO: https://www.bertrand.pt/livro/frankenstein-mary-shelley/16409988?a_aid=6015af90dfd9a

FRANKENSTEIN CONTADO AOS JOVENS: https://www.bertrand.pt/livro/frankenstein-mary-shelley/21319313?a_aid=6015af90dfd9a


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ENGLISH

Frankenstein is a classic of horror literature and is also one of the most well-known stories in this genre. It is a book by Mary Shelley, who started writing it when she was 18 years old while writing short stories with her closest friends, and it was published for the first time in the beginning of the 19th century.

Frankenstein book

The story is centred in Victor Frankenstein, a young and very curious science student who, when he leaves for University, starts working intensively in a project, which obsesses him and from which he is not able to detach until the purpose of it is served, consuming him. This project is an experience that, if a success, can revolutionize the scientific world, and his life: create a living being. When he succeeds, Frankenstein realizes that he gave life to the most monstrous creature he had ever existed, gets scared by it, and lets the monster run away.

At first, he is not very worried, but when the monster starts to get closer to his family Frankenstein is consumed for the guilt of creating it, deeply desperate for deep down being the responsible for all the situations caused by the monster, for placing his ego in front of every other human being and releasing to the world a creature capable of torturing humanity. But at the same time, for a long time, he does not tell anyone, feeling like he can not tell anyone because no one would believe him, but he says that he knows who the author of the events is and that deep down he is the guilty one. All the decisions that he makes after the moment he decided to create the monster weight in his conscience and mold his life until the last day.

Reading this story, I felt that we never really know who the monster is, if it is Frankenstein or his creature, or even humanity. This book raises a lot of different questions about prejudice, about how the circumstances affect someone’s personality and actions, about the limits of Nature and about the meaning of being human, what does that make us. One thought I had while reading is about the fact that humanity always wants to know everything and get over the limits imposed by Nature, but when something bigger, stronger, with power of destruction, comes up, no one seems to know what to do, mainly the one who created it, in the case of Frankenstein, who did not think beyond what he wanted to achieve, he did not think that he was creating a monster that would not obey his orders, or worst, a monster with feelings that certainly would not adapt to society.

Mary Shelley

If this is an impressive story to read now, how was it in the 19th century, when it was published for the first time. The truth is that Mary Shelley was known as a writer at her time, however after her death she was mainly remembered as the wife of Percy Bysshe Shelley and the author of Frankenstein until the 20th century (1989), when Emily Sunstein published a biography, and all her other work was analyzed.

 


BOOK: https://www.bertrand.pt/livro/frankenstein-mary-shelley/15114331?a_aid=6015af90dfd9a



(Imagem | Picture: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mary_Shelley )

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