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Frankenstein é um clássico da literatura de terror e também uma das
histórias mais conhecidas dentro deste género. É um livro de Mary Shelley, que
o começou a escrever aos 18 anos quando escrevia pequenas histórias e contos
com os amigos mais chegados, publicado pela primeira vez no início do século
XIX.
Nos primeiros momentos não está muito preocupado, mas quando
o monstro começa a aproximar-se da sua família, Frankenstein é consumido pela
culpa de o ter criado, profundamente desesperado por no fundo ter sido o
responsável por todas as situações causadas pelo monstro que criou, por ter
posto o seu ego à frente de todos os seres humanos e ter libertado no mundo uma
criatura capaz de torturar o ser humano. Mas ao mesmo tempo, durante muito
tempo, não conta a ninguém, sente que não pode contar a ninguém porque não
iriam acreditar nele, mas tem a noção e afirma saber quem o autor dos
acontecimentos e que no fundo é ele o culpado. Todas as decisões que tomou a
partir do momento em que decidiu criá-lo pesam na sua consciência e moldam a
sua vida até ao seu último dia.
Ao ler esta história fiquei com a sensação de que nunca
conseguimos realmente saber quem é o monstro, se Frankenstein ou a sua criação,
ou até a humanidade. Esta obra levanta diversas questões sobre preconceito,
sobre as circunstâncias terem uma forte influência na personalidade e ações de
alguém, sobre até onde se pode realmente ir ao manipular a Natureza e sobre o significado
de se ser humano, o que isso faz de nós. Um dos pensamentos que me surgiram
durante a leitura é o facto de a humanidade querer saber tudo e querer
ultrapassar o que os limites da Natureza impõem, mas quando surge algo maior,
mais forte, com o poder de destruição, ninguém saber o que fazer,
principalmente quem criou, no caso de Frankenstein, que não pensou para além
daquilo que queria alcançar, não pensou que criaria um monstro que não lhe
obedecesse, ou pior, um monstro com sentimentos que de certeza que não se
adaptaria à sociedade.
Se esta é uma história impressionante para quem lê o livro
atualmente, então como terá sido no século XIX, quando foi publicada pela
primeira vez. A verdade é que Mary Shelley foi reconhecida como escritora no
seu tempo, no entanto após a sua morte foi principalmente lembrada como a
mulher de Percy Bysshe Shelley e autora de Frankenstein até ao século XX
(1989) quando Emily Sunstein publicou a sua biografia e analisaram todas as
suas outras obras.
FRANKENSTEIN CONTADO AOS JOVENS: https://www.bertrand.pt/livro/frankenstein-mary-shelley/21319313?a_aid=6015af90dfd9a
ENGLISH
Frankenstein is
a classic of horror literature and is also one of the most well-known stories
in this genre. It is a book by Mary Shelley, who started writing it when she
was 18 years old while writing short stories with her closest friends, and it
was published for the first time in the beginning of the 19th
century.
The story is
centred in Victor Frankenstein, a young and very curious science student who,
when he leaves for University, starts working intensively in a project, which
obsesses him and from which he is not able to detach until the purpose of it is
served, consuming him. This project is an experience that, if a success, can
revolutionize the scientific world, and his life: create a living being. When
he succeeds, Frankenstein realizes that he gave life to the most monstrous
creature he had ever existed, gets scared by it, and lets the monster run away.
At first, he is
not very worried, but when the monster starts to get closer to his family
Frankenstein is consumed for the guilt of creating it, deeply desperate for deep
down being the responsible for all the situations caused by the monster, for
placing his ego in front of every other human being and releasing to the world
a creature capable of torturing humanity. But at the same time, for a long
time, he does not tell anyone, feeling like he can not tell anyone because no
one would believe him, but he says that he knows who the author of the events
is and that deep down he is the guilty one. All the decisions that he makes
after the moment he decided to create the monster weight in his conscience and
mold his life until the last day.
Reading this
story, I felt that we never really know who the monster is, if it is Frankenstein
or his creature, or even humanity. This book raises a lot of different
questions about prejudice, about how the circumstances affect someone’s
personality and actions, about the limits of Nature and about the meaning of
being human, what does that make us. One thought I had while reading is about
the fact that humanity always wants to know everything and get over the limits imposed
by Nature, but when something bigger, stronger, with power of destruction, comes
up, no one seems to know what to do, mainly the one who created it, in the case
of Frankenstein, who did not think beyond what he wanted to achieve, he did not
think that he was creating a monster that would not obey his orders, or worst,
a monster with feelings that certainly would not adapt to society.
If this is an
impressive story to read now, how was it in the 19th century, when
it was published for the first time. The truth is that Mary Shelley was known
as a writer at her time, however after her death she was mainly remembered as
the wife of Percy Bysshe Shelley and the author of Frankenstein until
the 20th century (1989), when Emily Sunstein published a biography,
and all her other work was analyzed.
BOOK: https://www.bertrand.pt/livro/frankenstein-mary-shelley/15114331?a_aid=6015af90dfd9a
(Imagem | Picture: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mary_Shelley )
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