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A Oeste Nada de Novo é um filme alemão, e está entre os nomeados para Melhor Filme, Melhor Cinematografia, Melhor Longa-metragem Internacional, Melhor Maquilhagem e Cabelo, Melhor Banda Sonora Original e Melhor Design de Produção.
A história centra-se num grupo de jovens alemães que se alistam para ir para uma frente de guerra, na 1ª Guerra Mundial, em França. É um filme baseado no romance do escritor alemão Erich Maria Remarque, um veterano da 1ª Guerra Mundial.
É interessante termos um filme sobre esta guerra que seja da perspetiva de soldados alemães, e acho que o que o filme nos faz pensar mais é sobre como na realidade os soldados que estão em batalha são apenas marionetas dos comandantes e dos superiores que ficam a salvo a comer os seus buffets e a preocupar-se sobre se o pão que lhes trouxeram é fresco ou não.
No início, vemos este grupo de jovens com o maior entusiasmo por ir para a frente. Mas, claro, tudo muda quando realmente lá chegam e se apercebem do que realmente acontece, que o "ser herói" não é assim tão honroso como os comandantes fizeram parecer quando foram ser recrutados. E, rapidamente, apercebem-se de que vão perder muito ali.
Seguimos, em particular, um dos rapazes que inicialmente nem sequer tinha autorização dos pais para ir para a guerra, mas forjou a assinatura para poder ir. E é interessante como o acompanhamos e como através dele o filme consegue cobrir vários temas daquilo que significa viver aquele ambiente, como morte em batalha, suicídio, como arranjavam comida, o que lhes era dito sobre o que estavam a lutar.
No final, é esclarecido que aquela frente foi das que matou mais soldados, e que os alemães nunca conseguiram avançar mais do que uns metros. E acho que aqui é que se vê e se mostra o desnecessário e fútil foram aquelas perdas todas.
Para além disto, vemos claramente no final como o orgulho dos superiores realmente é a causa de todas estas mortes, quando depois do fim da guerra ser assinado e faltarem 15 minutos para entrar em vigor, um deles manda os soldados alemães que restavam para lutar, e, basicamente, quase nenhum sobreviver, apenas com o discurso de "querem ir para casa como heróis ou como perdedores que fugiram?". Mas nem era uma pergunta, porque quem negasse não ia para casa à mesma.
Dentro dos filmes que já vi sobre a 1ª Guerra, este não foi o meu favorito, mas foi uma diferente perspetiva daquela que estamos mais habituados a ver com o lado dos Aliados. A cinematografia estava, de facto, muito boa, principalmente quando havia paisagens.
TRAILER:
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ENGLISH
All Quiet on the Western Front is a german movie, and it is nominated along with others for Best Picture, Best Cinematography, Best International Feature, Best Makeup and Hair, Best Original Score and Best Production Design.
The story is centred on a group of young germans who enlist to go to a front, in the I World War, in France. It is a movie based on the book by the german author Erich Maria Remarque, a I World War veteran.
It is interesting to have a movie about this war from the perspective of german soldiers, and I think that the movie makes us think more about the reality that the soldiers who are in battle are no more than puppets of their commanders and superiors who are just safe eating their buffets and worrying only about if the bread that was brought is fresh or not.
In the beginning, we see this group of young men with the utmost excitement to go to the front line. But, of course, everything changes when they get there and realize what actually happens, that "being the hero" is not as honourable as the commanders make it sound like when they were being recruited. And, soon, they realize that are going to lose a lot there.
We follow, in particular, one of the boys who initially did not even have his parent's authorization to go to war, but fakes their signatures to go. It is interesting how we follow him and how it is through him that the movie is able to cover a lot of different themes of what it means to live in an environment like that, like death in battle, suicide, how they found food, what was said to them about what they were fighting for.
In the end, is it explained that the front was the one with the most casualties and that the german did not even get to move more than a few meters. And I think that it is here that we can see and that is shown how unnecessary and futile all those losses were.
Besides this, we clearly see in the end how the superior's pride is really the cause of all those dead when after the end of the war is signed and having 15 minutes left for it to take effect, one of the superiors sends the remaining german soldiers to fight and, basically, almost no one survives, just with the speech of "do you want to go home as heroes or losers who ran away?". But it wasn't even a question, because the ones saying no to it were not going home anyway.
Among the movies I've watched about the I World War, this is not my favourite, but it was a different perspective from the one we're more used to seeing with the Allies. The cinematography was, in fact, very good, especially when there were landscapes.
TRAILER:
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